O número de acidentes e
de vítimas fatais nas rodovias federais no período das festas de fim de ano –
de 20 de dezembro até 1º de janeiro – caiu 10% em comparação com o mesmo
período de 2012. Foram 6.651 acidentes durante os feriados de Natal e Ano-Novo deste
ano, ante 7.407 no ano passado, de acordo com dados da PRF (Polícia Rodoviária
Federal).
O total de mortos
passou de 420 em 2012 para 379 neste ano. O número de feridos também caiu, foi
de 4.642 no ano passado para 4.352 em 2013, uma redução de 6%.
Mas apesar do avanço
representado pela nova lei seca, maior responsável pela queda nas mortes no
trânsito, o Observatório Nacional de Segurança Viária alerta que o número de
acidentes ainda é muito alto.
"Não adianta
comemorar, a situação ainda é gravíssima. Se por um lado as mortes estão
caindo, por outro percebemos um aumento da gravidade das lesões e do número de
feridos que ficam com sequelas permanentes", afirma José Aurélio Ramalho,
presidente da entidade.
Ele diz que o aumento é
verificado pelas indenizações do Dpvat (seguro obrigatório) em todo o país. Até
setembro, houve aumento de 36% nos pagamentos por invalidez permanente em
relação ao ano anterior.
"Isso gera um
custo social enorme, afeta a previdência, a força de trabalho. A maioria das
vítimas tem de 25 a 34 anos", afirma.
Para Ramalho, para
reduzir a violência no trânsito é necessário ir além da lei seca. Ele cita a
melhoria do curso de formação dos condutores e a fiscalização do uso do
celular. "Dirigir teclando no smartphone é tão perigoso quanto dirigir
embriagado", diz.
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