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sábado, 5 de junho de 2010

Infraestrutura urbana

Quem está no ponto, é para se molhar
Das 2.605 paradas de ônibus de Blumenau, 1.246 delas deixam passageiros expostos à chuva e à lama

Em dias de chuva, é quase impossível voltar da escola sem se molhar. Na rua lateral, os alunos da Escola Lúcio Esteves, na Escola Agrícola, aguardam pelo ônibus na calçada, sob um ponto sinalizado apenas por uma placa, sem qualquer tipo de proteção. No Loteamento Morada do Sol, no Tribess, a cena se repete em uma esquina de ponto sem abrigo. Na Rua Theodoro Passold, na Fortaleza Alta, há abrigo, mas o barro e o mato em frente e ao redor da estrutura embarram os pés e pernas de trabalhadores e estudantes que aguardam a Linha do Trabalhador. Uma mulher que esperava pelo ônibus ao meio-dia de ontem, e não quis se identificar, conta que em dias de chuva amarra sacolas nos pés para ir da casa ao ponto. Só assim chega à sessão de hemodiálise com os calçados limpos.

– Já pedi à prefeitura que instalasse um ponto aqui, mas disseram que a largura da calçada não é suficiente, e continuamos na chuva – conta Osmar Barbosa, 36 anos, pai de um aluno do 1° ano do Ensino Fundamental da Escola Lúcio Esteves.

Pelas contas da Diretoria de Transportes do Seterb, responsável pela manutenção dos pontos de ônibus, quase a metade das paradas de Blumenau não tem abrigo. São 1.359 cobertos e outros 1.246 sem a estrutura. Nestes, a única sinalização são as placas que indicam a parada. Em alguns casos, como na saída da Rua Professor Hermann Lange, próximo ao trevo, nem placa existe. Perto das 13h de ontem, Erison Krueger aguardava no local o ônibus, com os pés atolados no barro e em meio ao capim, para ir à autoescola.

Moradores podem pedir reforço na estrutura

De acordo com o diretor de Transportes, Isaias Isidoro, a quantidade de pontos sem abrigo é tamanha em razão de três fatores: falta de demanda local que justifique a instalação da proteção, de estrutura da calçada, que precisa ter pelo menos 1,5 metro de largura para que o ponto não fique rente ao meio-fio, e má vontade de quem mora em frente ao ponto e muitas vezes não quer ver a estrutura instalada na calçada.

Isidoro reconhece a dificuldade de quem pega ônibus em pontos desprotegidos em dias de chuva. No entanto, garante que quem se sentir prejudicado pode solicitar a instalação da estrutura para a Ouvidoria do município. O pedido é analisado pela equipe responsável pelo serviço, composta por cinco funcionários da diretoria. Se não houver nenhum dos três empecilhos apontados pelo diretor, o ponto é instalado, garante Isidoro.

– A equipe também é responsável por fiscalizar as condições dos pontos instalados, mas é difícil dar conta de todos. Por isso é fundamental que as pessoas liguem para reclamar – explica.

O investimento na manutenção e instalação de novos pontos de ônibus varia de acordo com a demanda, informou a Secretaria de Serviços Urbanos e Fiscalização, que custeia os serviços. O secretário da pasta, Éder Lúcio Marchi, não soube informar quanto é investido por mês, pois precisava levantar os dados e ontem à tarde estava em serviço fora da secretaria.

Fonte: Jornal de Santa Catarina

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