Das 2.605 paradas de ônibus de Blumenau, 1.246 delas deixam passageiros expostos à chuva e à lama

– Já pedi à prefeitura que instalasse um ponto aqui, mas disseram que a largura da calçada não é suficiente, e continuamos na chuva – conta Osmar Barbosa, 36 anos, pai de um aluno do 1° ano do Ensino Fundamental da Escola Lúcio Esteves.
Pelas contas da Diretoria de Transportes do Seterb, responsável pela manutenção dos pontos de ônibus, quase a metade das paradas de Blumenau não tem abrigo. São 1.359 cobertos e outros 1.246 sem a estrutura. Nestes, a única sinalização são as placas que indicam a parada. Em alguns casos, como na saída da Rua Professor Hermann Lange, próximo ao trevo, nem placa existe. Perto das 13h de ontem, Erison Krueger aguardava no local o ônibus, com os pés atolados no barro e em meio ao capim, para ir à autoescola.
Moradores podem pedir reforço na estrutura
De acordo com o diretor de Transportes, Isaias Isidoro, a quantidade de pontos sem abrigo é tamanha em razão de três fatores: falta de demanda local que justifique a instalação da proteção, de estrutura da calçada, que precisa ter pelo menos 1,5 metro de largura para que o ponto não fique rente ao meio-fio, e má vontade de quem mora em frente ao ponto e muitas vezes não quer ver a estrutura instalada na calçada.
Isidoro reconhece a dificuldade de quem pega ônibus em pontos desprotegidos em dias de chuva. No entanto, garante que quem se sentir prejudicado pode solicitar a instalação da estrutura para a Ouvidoria do município. O pedido é analisado pela equipe responsável pelo serviço, composta por cinco funcionários da diretoria. Se não houver nenhum dos três empecilhos apontados pelo diretor, o ponto é instalado, garante Isidoro.
– A equipe também é responsável por fiscalizar as condições dos pontos instalados, mas é difícil dar conta de todos. Por isso é fundamental que as pessoas liguem para reclamar – explica.
O investimento na manutenção e instalação de novos pontos de ônibus varia de acordo com a demanda, informou a Secretaria de Serviços Urbanos e Fiscalização, que custeia os serviços. O secretário da pasta, Éder Lúcio Marchi, não soube informar quanto é investido por mês, pois precisava levantar os dados e ontem à tarde estava em serviço fora da secretaria.
Fonte: Jornal de Santa Catarina
Nenhum comentário:
Postar um comentário