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domingo, 25 de julho de 2010

OS TENTÁCULOS DE UMA PRIVATIZAÇÃO CANCERÍGENA

Privatização da BR 101 vai parar no bolso da população
Quem tem que cruzar a região diariamente terá que desembolsar até R$350 por mês



A exemplo das cidades catarinenses,limítrofes das praças de pedágio, no Eespíritio Santo, A privatização da BR 101, prevista para ocorrer em 2011, já está tirando o sono de muitos usuários da via. É que para sair de suas cidades, muitas pessoas terão que pagar um pedágio de até R$13,20, uma vez que no KM 196,7 próximo a Rio Novo do Sul e no KM 449, em Mimoso do Sul, a passagem será cobrada.


De acordo com o estudo apresentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as taxas seriam de R$ 4,30 na primeira parada e R$ 2,30 na segunda.

O motorista de van Sebastião Olair costuma fazer fretes todos os fins de semana. Vários deles são para região da Grande Vitória e estado do Rio de Janeiro. Ele é favorável à concessão da BR, mas discorda da cobrança do pedágio.


"A BR chegou em um ponto de total abandono do governo. A privatização fará o trabalho que ele não fez, por isso eu apoio em parte, pois o pagamento imediato do pedágio não deveria ocorrer", comenta.


A conta vai ser ainda maior par quem tem que cruzar a via diariamente, um desembolso de até R$350,00 por mês.

João Neto é proprietário de uma transportadora sediada em Iconha. Ele diz que a cobrança logo no início do contrato de concessão é lamentável. "Teremos mais segurança tanto em relação à via, quanto à estrutura, reduzindo a quantidade de acidentes e assaltos, mas a garantia vem com o pagamento do serviço. Não sou contrário à obra, mas ela poderia vir antes e a cobrança depois", diz.


O contrato de concessão está previsto para ser firmado em abril do ano que vem. Após a assinatura, a empresa vencedora terá seis meses para realizar obras básicas. Depois deste prazo poderá começar a cobrar o pedágio.

A população também terá que pagar essa conta. Segundo o presidente da Associação de Caminhoneiros do Sul do Espírito Santo (Ascames), Valquimar Checon, os fretes tanto para transportes de cargas como de pessoas vão ficar mais caros, pois o valor do pedágio pago pelas empresas será repassado no serviço.

"Um veículo que sair de Iconha vai ter que pagar pedágio para ir a Rio Novo, que fica do lado. Isso certamente vai refletir no custo", diz.


A empresa vencedora da licitação terá que duplicar toda a estrada, construir 16 passarelas de pedestres, o trevo de Iconha e 22 quilômetros de vias locais.



Passagens podem ficar mais caras

A cobrança do pedágio na BR 10 pode refletir no transporte coletivo intermunicipal. Segundo o secretário geral do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Espírito Santo (Setpes), Jaime Carlos De Angeli, para calcular o valor da tarifa, são levados em consideração os custos da viagem.

Com a cobrança do pedágio, o valor também seria incluído no cálculo."Por outro lado os gastos com manutenção e combustível podem diminuir, uma vez que teremos uma via mais rápida e com menos problemas. Neste caso um compensaria o outro", explica o secretário.

O representante do Setpes na região Sul, Jersílio Cypriano, informa que ainda não sabe se as empresas de transporte coletivo terão alguma isenção ou redução nas tarifas dos pedágios, mas adianta que o órgão deverá se reunir com as empresas e representantes da ANTT para saber qual tipo de alteração haverá no valor da passagem.

Fonte: Gazeta On Line

domingo, 18 de julho de 2010

Dilma

Serra

As promessas

Pedágio eleitoral

Um tema pode ser decisivo nas eleições estaduais de 2010 e tem tudo para invadir também a disputa presidencial: é o dos pedágios e seu impacto na vida dos consumidores e das empresas

Responda rápido: qual é o único setor da economia brasileira que tem apresentado, de forma consistente, uma rentabilidade maior do que a dos bancos? Se você pensou em pedágios, acertou. De acordo com um estudo da consultoria Austin Ratings, as concessionárias de estradas obtiveram, em média, um retorno de 30%, acima dos 28,8% do Banco do Brasil, dos 21,3% do Itaú Unibanco e dos 19,5% do Bradesco.

Além de lucrarem muito, as empresas que administram as estradas também trabalham com o modelo dos sonhos de qualquer companhia – é o chamado pay as you go, ou seja, o dinheiro entra, em moeda sonante, assim que os serviços são prestados.

E a inadimplência é nula. Não pagou, não passou. E a concorrência não existe. Simples assim. É um negócio tão relevante, que só neste ano já arrecadou R$ 2,8 bilhões apenas nas estradas paulistas, e que atingiu em cheio o debate eleitoral em várias disputas estaduais.

Mais do que um peso no orçamento das famílias, o pedágio é um importante fator de custo de frete rodoviário. As tarifas são repassadas na cobrança do transporte e por sua vez influenciam o preço final dos produtos para o consumidor. Ou seja, um efeito cascata que afeta não apenas quem tem carro. Um estudo do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo (Setcesp) mostra que os pedágios têm impacto de 10% a 25% no custo do transporte no Estado.

Na avaliação da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística) o gasto com pedágio representa 20% das operações na rodovia dos Bandeirantes, 17,4% no complexo Anchieta/Imigrantes, 15,2% na Dutra e 4,8% na Régis Bittencourt.

No Estado de São Paulo, onde estão 19 das 20 melhores rodovias do País, e por onde passam 40% de toda a produção industrial brasileira, tanto o petista Aloizio Mercadante quanto o tucano Geraldo Alckmin reconhecem que é hora de rever a situação. Os leilões, iniciados 13 anos atrás, foram definidos em contratos que parecem mapas do tesouro para as empresas: indexados ao IGPM (índice muito acima do IPCA, utilizado para reajustar os salários, por exemplo) e altamente rentáveis – afinal, foram feitos numa época em que o risco-Brasil era um dos maiores do mundo.

O Brasil de hoje, evidentemente, é outro. É por esta razão que o candidato do PT propõe a redução imediata das tarifas nas 227 praças de pedágio paulistas em troca de prorrogação do prazo de concessão – na prática, bom para o consumidor e para as concessionárias. “Teremos de renegociar com as concessionárias.

O pedágio do futuro deverá ser mais barato e poderá até cobrar por quilômetro rodado”, disse Mercadante. Já o candidato do PSDB garante que modelo de concessão será revisto caso a caso. As tarifas de pedágio no mundo vão de R$ 0,02 o quilômetro rodado a R$ 0,04. Em São Paulo, variam de R$ 0,07 a R$ 0,24.

Os pedágios estão longe de ser uma bandeira eleitoral exclusivamente paulista. No Paraná, o candidato Beto Richa, do PSDB, promete rever todas as tarifas do Estado sem comprometer os investimentos do setor.

“O tema é sério e precisa ser tratado sem demagogia. Os eleitores foram enganados no passado com promessas populistas”, atacou Richa. O alvo das críticas é o governador Roberto Requião, do PMDB. Ele se elegeu em 2002 ao liderar uma cruzada contra as concessionárias no Estado.

Em campanha, Requião prometeu reduzir – ou até acabar – com as cobranças nas rodovias paranaenses. Depois de eleito, perdeu na Justiça para as empresas e foi obrigado a aceitar um reajuste de 80% nas tarifas durante seu governo.

O impasse dos pedágios também chegou ao Rio Grande do Sul. Os 1,8 mil quilômetros de rodovias gaúchas foram devolvidas à União – assim como o controle das praças de pedágio – pela governadora Yeda Crusius.

O governo federal não aceitou a devolução e as estradas do Estado viraram terra de ninguém. Sem fiscalização, as concessionárias foram acusadas de reajustar as tarifas acima do que previam os contratos – 36% a mais para carros e 9% para caminhões. Hoje, mais de 30 ações correm na Justiça contra os pedágios gaúchos, polêmica que fez o candidato petista Tarso Genro incluir em sua campanha a proposta de fechar algumas praças e rever vários contratos.

Em paralelo à questão econômica nos Estados, o debate sobre o pedágio virou uma guerra ideológica na corrida eleitoral pela Presidência da República. Dois modelos de concessão separaram José Serra e Dilma Rousseff. O sistema paulista de outorga onerosa encarece as tarifas, mas estabelece obrigações de investimento e padrões de qualidade às concessionárias.

Graças a esse modelo, o governo de São Paulo obteve recursos para a construção da Nova Imigrantes e do Trecho Sul do Rodoanel sem mexer em recursos de impostos diretos. Mas a fórmula custa caro aos contribuintes. O preço por quilômetro no trecho de São Paulo a Santos, um trajeto de 77 quilômetros, é de R$ 0,24. O valor é oito vezes maior do que o R$ 0,03 pago pelo quilômetro rodado entre São Paulo e Belo Horizonte, um percurso de 586 quilômetros.

Na BR-116, dentro do modelo de concessão federal, o pedágio é muito mais barato, mas as administradoras não são obrigadas a fazer grandes investimentos, e sim apenas manter a conservação. Seja qual for o modelo ideal, o fato é que os pedágios entraram definitivamente para o centro dos debates políticos no País. É quase consenso que os valores parecem exagerados e precisam ser revistos.

Fonte: ISTO É Dinheiro

terça-feira, 13 de julho de 2010

Guerra de boatos


TV Cultura exibe reportagem sobre pedágio e nega demissão de jornalista

A TV Cultura informou nesta segunda-feira que o jornalista Gabriel Priolli não foi demitido e que ele assumirá um cargo na vice-presidência de gestão.

Ainda segundo a TV Cultura, uma reportagem sobre os pedágios em São Paulo, pautada pelo jornalista, foi exibida na sexta-feira a noite depois que todos os candidatos ao governo paulista foram ouvidos pela emissora.

A decisão de adiar a exibição da reportagem alimentou boatos sobre o saída de Priolli da direção de jornalismo.

No sábado, o PT de São Paulo disse que iria pedir ao Ministério Público uma apuração "rigorosa" sobre o afastamento do jornalista.

Hoje, o candidato Aloizio Mercadante (PT) conversou com a direção da TV Cultura e, segundo a emissora, entendeu os motivos para o atraso na exibição da reportagem e desistiu da ação.

De acordo com a TV Cultura, a reportagem não foi exibida antes porque apenas Mercadante e Geraldo Alckmin (PSDB) haviam sido ouvidos pela emissora.

A emissora diz que ele não chegou a ser afastado porque estava na coordenação de expansão e redes, passou uma semana no cargo da direção de jornalismo e foi para a vice-presidência de gestão.

Os boatos também foram alimentados depois que a rede contratou no começo deste mês a jornalista Marília Gabriela para apresentar o programa Roda Viva. A contratação aconteceu depois que o jornalista Heródoto Barbeiro questionou o candidato do PSDB à Presidência e ex-governador, José Serra, sobre a questão dos pedágios. A TV Cultura diz que Barbeiro continua no jornalismo da emissora.

Fonte: BOL Notícias

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pedágio derruba mais um jornalista da TV Cultura

Há uma semana, Gabriel Priolli foi indicado diretor de jornalismo da TV Cultura.

Ontem, planejou uma matéria sobre os pedágios paulistas. Foram ouvidos Geraldo Alckmin e Aluizio Mercadante, candidatos ao governo do estado. Tentou-se ouvir a Secretaria dos Transportes, que não quis dar entrevistas. O jornalismo pediu ao menos uma nota oficial. Acabaram não se pronunciando.

Sete horas da noite, o novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, Fernando Vieira de Mello, chamou Priolli em sua sala. Na volta, Priolli informou que a matéria teria que ser derrubada. Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre as viagens dos candidatos.

Hoje, Priolli foi demitido do cargo. Não durou uma semana.

Semana passada foi Heródoto Barbeiro, demitido do cargo de apresentador do Roda Viva devido às perguntas sobre pedágio feitas ao candidato José Serra.

Para quem ainda têm dúvidas: a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder de mídia, que já tem, o poder de Estado.

Por Luis Nassif On Line