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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Reinvidicação: Comunidade pede providências para diminuir acidentes no Morro dos Cavalos, km 235, da BR-101



Foto: Guto Kuerten, Agência RBS
 
Indignados com os frequentes acidentes no Morro dos Cavalos, em Palhoça, na Grande Florianópolis moradores se reúnem na próxima Quarta-Feira com autoridades para discutir uma solução para o quilometro 235. O trecho é perigoso e uma falha na pista contribui ainda mais para o aumento do número de mortes. Tanto Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) quanto a concessionária Autopista Litoral Sul divergem sobre a responsabilidade do reparo.
Acidente com o ônibus da Pluma avoluma estatísticas
das mortes no trecho
Estatísticas da Polícia Rodoviária Federal apontam que dos 110 acidentes contabilizados até setembro deste ano, oito pessoas morreram. Na semana passada uma colisão entre um caminhão e um ônibus matou o motorista Dionir Valério. Ele dirigia o ônibus da Pluma sentido sul, quando colidiu com a carreta que invadiu a pista contrária, no sentido norte. Valério foi considerado um herói por ter evitado a morte de mais pessoas ao impedir que o ônibus caísse no barranco. Cansado das mortes no Morro dos Cavalos o professor e jornalista aposentado, Rui Barcellos, levanta uma campanha no Facebook para que a cobrança de pedágio na nova praça em Paulo Lopes só tenha inicio quando moradores tiverem uma solução no trecho.
O medo ao passar pelo local é constante. O corretor de imóveis Marcelo Gonçalves, morador na Ponta do Papagaio, evita transitar pelo local e costuma fazer o sinal da cruz ao cruzar a ponte sobre o rio Maciambu, antes da subida do Morro dos Cavalos. Após testemunhar dois acidentes, não dirige no trecho nos finais de semana e durante a noite.
— É uma roleta russa, se tento diminuir a velocidade os motoristas dos caminhões querem passar por cima. A gente nunca sabe se vai sair vivo dali — desabafa.
Medo ronda trecho da morte
No dia 20 de julho deste ano, um sábado, Gonçalves voltava de um aniversário quando passava das 22h e chovia no km 235. Acompanhado da mulher, Graziela Machado, descia o Morro dos Cavalos, no sentido sul. O casal se assustou quando viu um Corsa prata no sentido contrário perder o controle na curva e invadir a outra pista, na subida do Morro. Um pouco mais a frente de Gonçalves estava um caminhão, um Volvo de Urussanga, que não conseguiu evitar a colisão frontal. No Corsa de Criciúma, estavam quatro amigos, que voltavam de um acampamento em Garopaba em direção a Balneário Camboriú. O condutor Luan Cardoso Carlos, de 21 anos, e mais dois passageiros, Guilherme Schneider e Kamila Laurindo, de 21 e 25 anos, morreram no local. Francine Frasson Acoordi, de 21 anos, sobreviveu após passar por cirurgias.
— Minha mulher ficou segurando a mão de um deles, que morreu em cima da maca. O silêncio tomou conta do local, eram quatro jovens lindos— lembra.
Moradores exigem solução
Cansados de esperar por providências, na próxima quarta-feira, às 20h, no salão paroquial da Enseada do Brito, em Palhoça, a comunidade se reúne com autoridades e lideranças para exigir soluções para o km 235. O presidente do Conselho de Segurança Cambirela, Denísio Dias Kehl, lembra que antes de grande obras, como a quarta faixa e os túneis fiquem prontas, uma solução emergencial precisa tomada para evitar mais mortes. Segundo Kehl, representantes da Câmara de Vereadores e Prefeitura de Palhoça estarão presentes e são esperados também outros envolvidos como Dnit, Autopista, Ministério Público, Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e PRF.
Depoimentos
Presidente do Conselho de Segurança Cambirela, Denísio Dias Kehl:
"A quarta pista foi aprovada e ainda nada foi feito. Só este ano foram mais de cem acidentes e ficam neste jogo de empurra-empurra e ninguém resolve nada. A comunidade da região sul de Palhoça não aguenta mais os acidentes no Morro dos Cavalos, até quando vamos perder vidas ali? Queremos uma alternativa, uma saída emergencial para o km 235, da BR-101".
Professor, Jornalista e morador em Garopaba, Rui Barcellos:
"Somos obrigados a passar por ali, mas é muito perigoso. A obra na nova praça de pedágio eles estão tocando com urgência, mas uma obra para salvar uma vida é demorado para sair. Esta situação é revoltante, por isso resolvi fazer uma campanha no Facebook, para que a cobrança de pedágio na nova praça localizada em Palhoça só tenha inicio quando as obras do Morro dos Cavalos estiver concluída".
Corretor de imóveis Marcelo Gonçalves:
"Eu já tive muitos problemas ali de madrugada tem muita neblina e tem um agravante que naquela região não pega sinal de celular, muitos acidentes acontecem sem ao menos entrarem para as estatísticas da polícia. Precisamos de radares para reduzir a velocidade, já tentei falar com o superintendente do DNIT é um absurdo ficarmos nesta situação".
Fonte: Diário Catarinense

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