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domingo, 31 de março de 2013

BR 101: PEDÁGIO SOB SUSPEITA


Os capítulos de uma investigação

Série de reportagens mostra a novela que envolve a concessão da BR-101 Norte

A reportagem especial que o leitor recebe na edição deste domingo exigiu dois meses de apuração intensa. E mesmo assim está inconclusa.

Não que o material a ser lido a partir da página 29 ou o conteúdo enriquecido no site esteja incompleto. Mas a barafunda que envolve a concessão da BR-101 Norte é tão significativa que os seis capítulos previstos pelo Diário Catarinense a partir de hoje são apenas o início de uma lamentável novela que, tomara, chegue a um final feliz aos usuários, vítimas de cinco anos de uma sucessão de promessas não cumpridas.

Durante 60 dias, a repórter Joice Bacelo se debruçou sobre documentos, relatórios, radiografias, avaliações e pareceres. São montanhas de papéis que tentam decifrar como a empresa OHL (hoje Arteris) consegue a proeza de não cumprir a maioria dos compromissos do contrato de concessão da rodovia que liga Florianópolis a Curitiba. Os meandros são inúmeros e por isso o DC tratará a história em capítulos, na intenção de ser didático.

São oito ações do Ministério Público Federal. Há uma investigação específica no Tribunal de Contas da União. Só esses documentos formam um dossiê de quase 2 mil páginas, que embasaram o início da apuração. O material se acumula não apenas sobre a mesa da repórter, mas também teve de ser colocado no chão. Em casa, Joice colou os papéis na parede para tentar visualizar o esquema.

Quando a jornalista acreditava estar entendendo melhor, era atropelada por uma nova visão, um novo parecer, uma nova entidade. A postergação das obras vai gerando, ao longo dos anos, o nascimento de grupos que tentam se unir aos protestos e às ações judiciais. Existe, por exemplo, a Associação dos Usuários das Rodovias de SC. E também um Fórum Nacional Contra o Pedágio.

Este último grupo é mais radical na ideia de sepultar a cobrança, embora a série de reportagens vá mostrar que o problema não é o pedágio, uma forma legal de subsidiar melhorias de uma estrada. O nó no caso da OHL/Autopista é apresentar uma tarifa baixa (R$ 1,70), mas cujo valor acaba se apoiando em investimentos não realizados. O preço de R$ 1,70, portanto, torna-se inverossímil, pois o usuário acaba pagando muito mais do que parece diante da lentidão injustificada do tráfego – e vê aumentar os riscos de acidentes numa estrada cujas melhorias indispensáveis nem sempre são executadas.

Leia a primeira Reportagem AQUI

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