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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Caminhoneiro diz que gasta R$ 16 mil por ano em pedágio

O caminhoneiro João Carlos Gomes Rocha, 46 anos, que trabalha como autônomo no Paraná, diz que gasta R$ 16 mil por ano com pedágios.
 
De acordo com a agência de notícias do Governo do Paraná, o valor equivale a quase 40% do rendimento anual do caminhoneiro, que guarda cada um dos recibos de pedágio que paga. “Todo mês deixo entre R$ 1,4 mil e R$ 1,6 mil nas cabines de pedágio”, diz Rocha, que chega a fazer oito viagens por semana carregando madeira entre Ponta Grossa (PR) e Araucária (PR). “Por esse preço, era de se esperar pista dupla em todos os trechos. E mais – quatro faixas de rodagem, e um pavimento melhor, sem buracos ou deformações na pista, coisas que sentimos muito quando trafegamos com o caminhão”, afirma.
 
Há cerca de oito anos na estrada, Rocha ainda não pensa em parar, mas conhece colegas que abandonaram a profissão por causa do custo. Caminhão novo Rocha afirma ainda que o valor deixado nas cabines de pedágio, durante os oito anos de trabalho, seria suficiente para comprar um caminhão igual ao que usa para trabalhar. "O meu caminhão é do ano 2000. Se eu economizasse o que pago de pedágio, daria para comprar um caminhão zero quilômetro e sem dar o meu de entrada."
 
O caminhoneiro diz que circula por 140 quilômetros de estradas com pedágio diariamente. "Tem dias que faço o mesmo trajeto duas vezes por dia. Conheço cada um dos atendentes das cabines de pedágio. Eles me chamam pelo nome e eu também os chamo pelo nome."
 
Destino dos pedágios De acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), no Paraná, 38% da arrecadação nos pedágios é destinada a investimentos em obras e melhorias; 44% é destinada a gastos de manutenção e serviços ao usuário; 11% para o pagamento de impostos e 2,4% da receita é destinada ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para equipar a Polícia Rodoviária Federal e cobrir custos de fiscalização. Ainda segundo a ABCR, 4,6% da arrecadação inclui o lucro das concessionárias e despesas extraordinárias.
 
Mobilização nacional dos Caminhoneiros
Continua nesta Quarta-Feira a paralização nacional dos caminhoneiros, centenas de caminhões continuam estacionados como forma de aderir as manifestações que vem ocorrendo pelo Brasil.
 
A União Brasil Caminhoneiro justificou a convocação,   pois recebeu de caminhoneiros, empresas e cooperativas de transporte, além de outros setores do TRC (Transporte Rodoviário de Cargas), sugerindo e, muitos deles exigindo que o Movimento União Brasil Caminhoneiro tomasse posição e fizesse adesão imediata às manifestações populares em andamento em todo o país.
 
Pauta de Reinvidicações
Dos diversos itens necessários à formação da pauta oficial do setor, pelo menos 4 itens já teriam sido definidos pela maioria:
  • Subsídio no preço do óleo diesel;
  • Isenção, para caminhões, do pagamento de pedágios em todas as rodovias do país;
  • Votação e sanção imediata do Projeto de Lei que aprimora a Lei 12619/12 (Lei do Motorista);
  • Criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada diretamente à Presidência da República, nos mesmos moldes das atuais Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas.
Vale lembrar que o Projeto de Lei que aprimora a Lei 12619/12 também define soluções para outras questões:
  • Cartão Frete;
  • CIOT;
  • Concorrência desleal exercida por transportadores ilegais no mercado (causa dos valores defasados de fretes);
  • Outros...

"É notório que o transporte rodoviário de cargas, que passa por momentos difíceis, vive em um verdadeiro submundo, carente de respeito, infraestrutura, segurança, estradas, corrupção, e principalmente os valores de fretes incompatíveis com as despesas operacionais, responsáveis pelos baixos salários de motoristas, excessos de peso transportado, jornadas de trabalhos absurdas, rebites, acidentes e mortes nas rodovias", justifica o líder do movimento Nélio Botelho

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